quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Constituição da República Federativa do Brasil

Título: Constituição da República Federativa do Brasil
Editora: Saraiva
Páginas:
410
Ano: 2009 (42ª ed.)

Com o fim dos governos militares e a redemocratização do Brasil, houve a promulgação da Constituição Federal de 1988. A Constituição-Cidadã é responsável pela organização político-jurídica do país e dividi-se em: preâmbulo, parte dogmática e atos das disposições constitucionais transitórias (ADCT).

O preâmbulo, relatório que antecede a lei, não possui relevância jurídica. É apenas uma proclamação solene anteposta ao corpo principal da Constituição. O ADCT, por sua vez, contém regras necessárias para assegurar uma harmoniosa transição do regime anterior (Const. 1969) para o novo regime constitucional.

A parte dogmática, composta por 250 artigos, constitui o corpo permanente e divide-se em nove títulos: (I) Dos Princípios Fundamentais; (II) Dos Direitos e Garantias Fundamentais; (III) Da Organização do Estado; (IV) Da Organização dos Poderes; (V) Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas; (VI) Da Tributação e Do Orçamento; (VII) Da Ordem Econômica e Financeira; (VIII) Da Ordem Social; (IX) Das Disposições Constitucionais Gerais.

Assim sendo, a CF/88 é leitura obrigatória para os cidadãos brasileiros. A norma, além de ser a lei suprema da nação, é também o objeto principal de estudo do Direito Constitucional. Direito este que consubstancia a matriz de todo o ordenamento jurídico. Importante, não?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vidas Secas

Título: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos
Páginas: 128
Ano: 1938

“Ergueu-se, assustado, como se os bichos tivessem descido do céu azul e andassem ali perto, num vôo baixo, fazendo curvas cada vez menores em torno do seu corpo, de Sinhá Vitória e dos meninos.” Os bichos eram urubus; as vítimas, retirantes do sertão nordestino.

Vidas Secas é um livro seco, áspero e cruel. Decidido a ressaltar um homem impulsionado pela sobrevivência e hostilizado pelo ambiente, pela terra, pela cidade. O narrador se envolve nas ações narradas e, assim como o personagem, não consegue apontar saídas para a condição de opressão.

Graciliano Ramos não age para atender qualquer expectativa do leitor. Seu objetivo é apenas passar uma visão crítica das relações sociais. Ao alcançá-lo, recebe um prêmio internacional como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. Vale acrescentar que o autor foi perseguido e preso durante o Estado Novo e ficou sem nada ao sair da prisão. Escreveu, muitas vezes, para ganhar dinheiro.